Por Francisco Mourão Corrêa
Coordenador da Exopolítica Portugal e Director Continental da Europa da ICER
E pronto, já está!
Uma versão preliminar, de 9 páginas, do tão aguardado relatório da UAP Task Force, foi publicada ao final do dia de hoje 25 de Junho de 2021.
Como esperado, e como havia escrito ontem, apesar de não haver respostas conclusivas, há perguntas suficientes no ar, para que a investigação prossiga, de forma séria e com ainda mais ansiedade.
O Senador Marco Rubio, antigo líder do comité de inteligência do Senado, e quem deu início ao requerimento para elaboração do relatório, fez a seguinte declaração:
“Durante anos, os homens e mulheres em quem confiamos para defender o nosso país relataram encontros com aeronaves não identificadas, com capacidades superiores, e durante anos as suas preocupações foram muitas vezes ignoradas ou ridicularizadas. Este relatório é um primeiro passo importante para catalogar esses incidentes, mas é apenas um primeiro passo. O Departamento de Defesa e a Comunidade de Inteligência têm muito trabalho a fazer antes que possamos realmente entender se estas ameaças aéreas representam um sério problema de segurança nacional. “ – fonte
Mas o que diz então esta versão preliminar?
Começa por esclarecer que o Director Nacional de Inteligência, em coordenação com o Secretário de Defesa, deveria apresentar uma avaliação de inteligência sobre a ameaça representada pelos fenómenos aéreos não identificados (UAP) e o entendimento que a Task Force do Departamento de Defesa (UAPTF) conseguiu fazer dessa ameaça.
Como já tinha sido sugerido, o conjunto de dados é limitado a relatórios de incidentes testemunhados em primeira mão por pilotos aviadores e detectados por sistemas fiáveis, que ocorreram entre 2004 e 2021.
É esclarecido que a quantidade limitada de relatórios de qualidade elevada, sobre estes fenómenos, dificulta a possibilidade de se poderem tirar conclusões firmes sobre a natureza ou intenção dos UAP.
O relatório confirma que a maior parte dos UAP detectados, serão de facto objectos físicos, uma vez que a maioria dos mesmos, foi registada por vários sensores, incluindo radar, infravermelhos, eletro-óptico, detectores de armas e observação visual. E que num número limitado de incidentes, os UAP exibiram características de vôo fora do comum, como permanecerem estacionários apesar de sujeitos a ventos fortes, moverem-se contra o vento, manobrar abruptamente ou moverem-se a velocidades consideráveis, sem meios de propulsão discerníveis.
Em suma, o relatório conclui:
– Os UAP representam claramente um problema de segurança de vôo e podem representar um desafio para a segurança nacional dos EUA.
– Existem 11 relatórios de circunstâncias documentadas em que os pilotos relataram quase colisão com UAPs.
– Os UAP também representam um desafio à segurança nacional se se confirmarem ser plataformas de recolha de informação por parte de adversários estrangeiros, ou se revelarem evidência de que um adversário tenha desenvolvido tecnologia inovadora ou disruptiva.
– A maioria dos relatórios descreve os UAP como objectos que interromperam treinos pré-planeados e outras atividades militares.
– Alguns UAP parecem demonstrar tecnologia avançada.
– Embora a maioria dos UAP descritos possam permanecer não identificados pela falta de dados, é reconhecido que possa ser necessário que ocorra algum avanço no conhecimento científico por forma a se poderem chegar a algumas conclusões. Ou seja, vai depender dos avanços científicos a possibilidade de vir a compreendê-los melhor.
– Dos 144 casos estudados, a Task Force foi capaz de identificar um UAP com grande confiança. Nesse caso, o objeto seria um balão grande e vazio. Os restantes 143 permanecem sem explicação.
– Dos 144 casos, 80 envolveram observação com vários sensores.
O Pentágono emitiu, entretanto, um comunicado dando conta da intenção de formalizar o estudo dos UAP.
Foi também publicado um memorando da secretária adjunta Kathleen Hicks, instruindo o Escritório do Subsecretário de Defesa para Inteligência e Segurança a criar uma missão formal para acompanhar o trabalho actualmente realizado pela Task Force UAP.
Kathleen Hicks sublinhou a questão da segurança nacional, fazendo referência ao facto de muitas das observações terem sido feitas perto de áreas militares.
O memorando solicita ao Escritório do Sub-Secretário, que no futuro, os relatórios de observações de UAP fiquem prontos no prazo de duas semanas após a ocorrência ou observação.
Ao fim de 70 anos de negação, hoje, dia 25 de Junho de 2021 fez-se história.
Foi um Dia D!
Os OVNI/UAP são reais e merecem ser estudados a sério!
Os próximos 12 meses prometem muito activismo e muita pressão!
Nada será como dantes!