San Antonio, 1945. Um Caso Desconhecido.

Cedido por Paola Leopizzi Harris
Traduzido por Exopolitics Portugal, 23.12.2010
 

Nascidos no limite do Ground Zero, vivendo à sombra da Área 51, duas pequenas crianças latino-americanas testemunharam um evento extraordinário. José Padilla, de 9 anos e Reme Baca, de 7 anos presenciaram a queda de um OVNI na terra Padilla na cidade de San Antonio, Novo México. Os dois foram testemunhas de um dos eventos mais espectaculares da história dos OVNIs.

Este novo livro, Nascidos no Limite do Ground Zero, Vivendo na sombra da Área 51, será lançado em Fevereiro de 2011 e é a descrição detalhada de José Padilla e Reme Baca do que aconteceu nas suas infâncias. Eles explicam o que viram, o acidente real, as aparências da criatura, as peças que levaram, a limpeza por parte dos militares e uma análise aprofundada da importância deste caso.

Inicialmente impresso na The Mountain Mail, em Soccorro, Novo México a 2 de Novembro de 2003 pelo jornalista Ben Moffet, o caso foi passado para mim, jornalista/investigadora, Paola Harris, a 4 de Maio de 2009. O desejo de finalmente revelar os detalhes, e o amável convite de Reme Baca, levou-me a voar para Gig Harbor, no Estado de Washington na parte Norte dos Estados Unidos para entrevistar Reme Baca e sua mulher, Virgínia, em Julho de 2010. Consequentemente, devido ao facto de ele agora viver na Califórnia, eu entrevistei Jose Padilla por telefone da casa Baca. Durante a minha estadia de dois dias, eu fui capaz de ver e fotografar a peça que José extraíu da nave e estudei a análise detalhada da sua composição feita na Europa.

É um dos casos mais impressionantes que eu já estudei ao longo da minha carreira e que ajuda a completar o puzzle da razão pela qual têm havido tantas recuperações de quedas de OVNI no Novo México. Como o jornalista Ben Moffet, que tão bem descreve o encobrimento – podemos começar a ver onde ele se encaixa na história dos OVNIs.

Foi nesse estado de desconfiança e desinteresse criados pela familiaridade que um pequeno contingente do Exército dos EUA passou quase despercebido por San Antonio, em meados de Agosto de 1945, numa missão secreta.

Pouco ou nada foi publicado sobre a missão, envolta na atmosfera do momento. Mas o detalhe militar veio aparentemente de White Sands Proving Grounds para o leste, onde a bomba explodiu. Foi uma operação de recuperação destinada à algaroba e do oeste do deserto da “Velha” US-85Greasewood, no que é hoje Milepost 139, a saída para San Antonio da Interstate 25.

Ao longo de vários dias, os soldados com uniformes do Exército carregaram os destroços de um aparelho “voador” para um enorme camião de carga. Que tal uma operação teve lugar entre cerca de 20 de agosto e 25 de agosto de 1945, não há dúvida, insistem dois ex-San Antonianos, Remigio Baca e Jose Padilla, testemunhas oculares do evento. Padilla, na altura com 9 anos, e Baca com 7, observaram escondidos numa cordilheira próxima, muito do trabalho dos soldados na recuperação dos destroços.

Graças ao trabalho de Ben Moffet, e agora, graças às testemunhas,  actualmente na casa dos 70 anos, o mundo saberá ver o interesse extraterrestre na nossa descoberta da bomba atómica. Abriu-se uma caixa de Pandora na história humana que não poderá ser facilmente fechada. A humanidade e, possivelmente, outros visitantes dimensionais foram colocados perante o perigo da destruição total. San Antonio foi mais do que um acidente, uma observação – um evento. Foi um aviso de que os militares não fazem caso, seja nos EUA, ou no estrangeiro. Se somarmos o corajoso testemunho do painel da Força Aérea liderado por Robert Hastings e sete oficiais reformados da Força Aérea no Clube da Imprensa de Washington em 27 de Setembro de 2010, então percebemos que chegou o momento de falar. Se estes visitantes têm a capacidade de fazerem OVNIs desactivar ou derrubar os nossos mísseis nucleares, então podemos ver que 70 anos depois, eles estão finalmente a agir.

Em última análise, o caso de 1945 em San Antonio apresenta uma mensagem de paz, e um poderoso alerta para o planeta.

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ENTREVISTA COM TESTEMUNHA DA QUEDA DE OVNI EM 1945
Extracto da entrevista de Paola Harris [P] com Reme Baca [R]. – Traduzido por Ricardo O.
Estado de Washington, 5 de Julho de 2010

P: Depois de ter visto os destroços, levou pessoas lá. E quem é que trouxe de lá? Trouxe a quem?

R: O que aconteceu foi que, após a queda, voltámos para para casa, para o rancho.

P: Pode dizer-nos em que data foi isso? A data aproximada? Sabemos que foi em 1945.

R: 1945, em Agosto…seria talvez no dia 15…Eu tinha 7 anos e José tinha 9. Faustino, o pai de José, pedira-nos uns dias antes para vermos uma vaca que estava quase a parir…E então fomos à procura da tal vaca. Assim, enquanto fazíamos isso, não era anormal haver tempestades e trovoada no Verão já longo e naquela altura não foi diferente e então procurámos refúgio nalguma beirada…José tinha lanche com ele, algumas tortilhas e penso que algumas maçãs. Sentámo-nos para comer e a trovoada e a chuva vieram. Ficámos ali debaixo e não nos molhámos. Depois disso, a chuva começou a diminuir e acabou. Estávamos a preparar para nos levantarmos e vermos se a vaca comia e para dar uma olhada ao vitelo. Enquanto o fazíamos, ouvimos um “bang” forte.

P: Ouviram, de facto, a queda em si.

R: Na altura não sabíamos que era a queda [do OVNI]…Ouvimos o som e o chão a tremer e vieram às nossas memórias a explosão da bomba atómica. Estariam eles com novos testes? Olhámos em redor e vimos fumo surgindo atrás de alguns rochedos mais à frente. José disse “vamos dar olhada e ver o que se passa”. Começámos a caminhar e vimos um pouco de fumo vindo dessa direcção. Assim que atingimos um ponto alto, o fumo tornou-se intenso. Descemos o cume e vimos o que parecia ser um grande sulco no chão. Era como se um caterpillar tivesse passado ali. Não conhecíamos ninguém que tivesse uma máquina dessas com 30 metros de largura. No entanto, parecia mesmo que uma lâmina de 30 metros de largura tinha escavado ali, fazendo um sulco com uns 30 cm de profundidade. Caminhámos nesta “estrada”, no sulco, que era bastante acidentado para os nossos pés e estava quente. As solas dos nossos pés estavam quentes.

P: E lembram-se de que horas eram?

R: Não tínhamos relógio. Provavelmente eram 4 ou 5 da tarde, talvez mais tarde.

P: Pergunto isto porque noto que vocês conseguiam ver o que vos rodeava, não estava escuro.

R: Não, não estava escuro. Mas enquanto explorávamos o caminho sulcado, havia muito fumo. Assim, recuámos para onde pudéssemos apanhar algum ar fresco e beber um pouco do cantil, para reflectir sobre o que tinha acontecido e tentar entender o que se tinha passado. Eu perguntei ao José “aquilo é um avião que caiu?”. Eu só havia visto, até então, aviões no céu. Vivia numa pequena vila. Não via muitos aviões. José disse, “Não sei, talvez haja alguém ferido e talvez precisemos de ajudar.” Respondi “Ok” e tentámos aproximar mais. Vislumbrávamos algo no limite do sulco…Não ía sempre a direito. Ia em frente mas depois virava à direita, como um se fosse um “L”. Víamos algo, mas havia tanto pó no ar, e estava húmido da chuva, e havia fumo negro, como de combustível queimado, que nos atingia os olhos, e era mesmo difícil de ver e tentar tirar alguma conclusão dali. Voltámos para trás e descansámos, e José tinha os seus binóculos e começou e procurar ver o que se passava. Ele disse “Sabes, há alguma coisa ali. Vamos ver se conseguimos chegar mais perto.”. Tentámos novamente chegar mais perto e finalmente começou a clarear mais. O tempo parecia estar a passar depressa. Observávamos pelos binóculos e podia ver um buraco na lateral do objecto. O objecto era em forma de avocado [fruto ou árvore do mesmo nome, do México; semelhante a uma pêra ou ovo].

P: Então, viram um objecto arredondado, como um avocado, e podiam ver um buraco. A que distância diriam estar do objecto?

R: Eu estimaria umas poucas centenas de metros.

P: E depois viu o interior do buraco, dessa distância?

R: Não, não o interior do buraco. José disse “Olha para aqui”. Olhei pelos binóculos e vi umas pequenas criaturas movendo para trás e para a frente.

P: Eles moviam-se depressa?

R: Eles “deslizavam”…Não deslizar, mas mais como a deslocar-se de um lado para o outro…Esse tipo de “deslizar. E conforme olhava, começaram a surgir pensamentos na minha mente. Estava a vê-los e a sentir coisas malucas tipo, que sentia pena deles…E sentia mesmo pena, como se fossem crianças também.

P: Sentiu preocupação por causa deles. E estava a ter pensamentos, sentiu alguma coisa por causa do acidente?

R: Sim, penso que sim; ouvia um som muito agudo vindo de lá. Não sabíamos o que pensar. O único som agudo que conhecíamos era das lebres quando estavam com dores ou o som de um recém-nascido a chorar.

P: Acho isso interessante. Então ouviram mesmo esse som?

R: E movia-se para nós. Depois vimos umas imagens nas nossas cabeças…Não sabia o que raio eram.

P: Por outras palavras, você pensa que recebeu uma mensagem telepática desses seres?

R: Sim, se é que é disso que se tratava…Recordo-me do que eram, recebia imagens, mas não entendia o seu significado e continuo sem entender.

P: Então é óbvio que eles sabiam que vocês estavam lá?

R: Sim, eles deviam saber que estávamos lá…

P: Então se os seres vos tinham avistado e vos observavam, vocês não só os viam, mas também eles podiam estar a transmitir imagens para vocês. O que é que vocês fizeram, fugiram?

R: Olhámos para eles e estava a começar a escurecer e tínhamos um longo caminho a percorrer para os cavalos e depois até ao rancho. Mas José queria ver melhor, eu não…E disse ao José “Que se passa?”. A sua resposta foi “Não sei”. “Ok, se não sabes o que raio se passa eu é que não vou ver o que é aquilo. Nem pensar. Quero ir para casa. Não alinho nisto. Terás de ver por ti mesmo. Vou para casa e encontrámo-nos no rancho.”. E ele disse “Vamos observar por um pouco mais o que se passa. Sabes, talvez tenhas razão, eu não sei o que são eles. Parecem crianças, crianças muito estranhas…”.

P: Se eu lhe perguntasse sobre o diâmetro daquela coisa, que tamanho diria ter? Tentou compará-lo a alguma coisa?

R: Teria entre 7,5 a 10 m de comprimento. Dez metros. E cerca de 4,5 de altura. Como é que eu o sei? Porque as vigas de um telhado são dessa altura…Bom, finalmente concordámos que era altura de voltar para casa porque se fazia tarde. Então partimos, voltámos para os cavalos e partimos. Estava a escurecer e quando chegámos ao rancho já tinha escurecido bastante. E o pai de José estava à nossa espera. Estava preocupado. Entrámos e o José falou-lhe da história da vaca e depois começou a falar-lhe do acidente…Eu disse-lhe o que vimos e o pai dele disse que a primeira coisa a fazer era levar-me a casa. Veríamos o que tinha acontecido no dia seguinte ou assim. Provavelmente era algo que pertencia ao governo e deveria ser apenas isso. Disse que talvez fosse melhor estarmos afastados daquilo. Então levaram-me para casa, deixei lá o meu cavalo, eles cuidariam dele. Levaram-me a casa e o Faustino teve uma longa conversa com a minha mãe sobre o objecto que descobrimos no rancho de Padilla. Faustino enfatizou que poderia pôr em perigo o seu emprego, dado que o meu pai trabalhava para o governo…O meu pai trabalhava no Hospital de Veteranos de Albuquerque, e o pai de José trabalhava para o Refúgio Federal, em desenvolvimento, em El Bosque Del Apache, perto de San Antonio…E basicamente foi o que se passou nessa noite. No dia seguinte, José veio até à minha casa e eu fui com ele até à sua casa, onde nos encontrámos com Eddie Apodaca que era um Polícia do Estado e também um amigo da família. Faustino pediu-lhe para ir connosco ao local do acidente. Foram no carro da polícia estadual e nós fomos numa carrinha pickup. Fomos até o mais longe que podíamos com os veículos, depois fomos o resto do caminho a pé até ao local da queda. Quando nos aproximámos do local do acidente, ao ver de cima da colina não conseguíamos avistar o objecto…No topo da colina e observando para baixo onde havíamos visto anteriormente o objecto, não estava mais visível para nós, nessa altura. Não havia explicação para tal. Simplesmente não o víamos. Parecia ter desvanecido. José disse, “Não sei o que se passa ali.” Eddy e Faustino disseram, “O que é que vocês disseram que tinham visto?” e a minha resposta foi que estava lá em baixo, mas agora não o podíamos ver. Faustino disse “Vamos descer e dar uma olhada”. Começámos a caminhar colina abaixo e vimo-lo. O objecto tinha muito entulho sobre ele e então perguntei ao Faustino, como é que não o conseguíamos ver lá de cima. A resposta dele foi que não fazia ideia.

P: Então está a dizer que era quase invisível.

R: Eu quase que não o podia ver. Então chegámos lá e disseram “Ok, rapazes, ficam aqui e nós vamos entrar…” Então eles entraram e lá ficámos, sentados a observá-los. E eles lá estiveram por uns 5-10 minutos e depois saíram. Tinham mudado o seu comportamento, uma mudança completa de comportamento. Até quase que pareciam outras pessoas. Eles viram algo que nunca tinham visto antes. Saíram e disseram “Ok. O que se passou foi isto. Quero que escutem rapazes. Isto é muito difícil. Vocês estão sob juramento. Não devem dizer a ninguém sobre isto, nem ao vosso irmão, nem primo, nem mãe, nem pai, esse é o vosso dever. Vamos ter de garantir isso. E a razão para isto é que vocês podem arranjar problemas. Queremos tê-los fora de complicações.”. Nós concordámos com eles e então eles deram-nos um grande sermão, e levamo-lo muito a sério…

Voltámos lá várias vezes. José às vezes ía comigo, outras não. Sabe, nós éramos miúdos. Trabalhávamos naquela área. Como crianças os nossos pais davam-nos um pouco de dinheiro para trabalhar e se não o fizéssemos, quem o faria?…Então tínhamos de ir lá e ver o que descobríamos. Estivémos lá um dia de semana, antes do Faustino e o Apodaca virem ter connosco. Era de tarde e tínhamos acabado o nosso trabalho…Finalmente, chegámos lá ao entardecer, montados nos cavalos, e vínhamos de uma direcção oposta ao cume, e vimos algum pessoal militar a pegar em coisas.

…Mas nunca fomos inspeccionar a nave, tudo o que tínhamos de fazer era descer e pegar em algum dos destroços e atirá-lo sobre um buraco e cobri-lo com rochas e terra. Depois dos dois jipes abandonarem o local, estava escuro e tivémos de voltar para casa.

P: Como é que era o material, o material que atiraram para o buraco? Era como chumbo ou leve como alumínio? Como era? Têm algum pedaço disso? Era como pedra?

R: Era um pouco como esta peça que tenho na minha mão…Era duro. No primeiro dia, tinha conseguido uma peça tipo folha de alumínio e mostrei-a a José. Lembrava-me as folhas de alumínio que vinham nos cigarros Philip Morris que a minha mãe fumava. Peguei naquilo e guardei-o no bolso.

P: O que aconteceu a isso?

R: Usei-o para arranjar a mó do moinho.

P: Então, no segundo dia, basicamente esperaram que os militares se fossem embora. E pegou em mais peças e enterrou-as no buraco, mas não viu lá os seres.

R: Estava afastado da vala, e escurecia. Os militares estiveram lá, vimo-los, mas acho que não nos viram.

P: A coisa foi deixada lá e no dia seguinte o pai de José e Apodaca foram lá.

R: Correcto.

P: E vocês levaram-nos lá. Ok. E viram-no novamente? Ao aparelho?

R: Sim, continuava lá.

P: E vocês foram lá uma quarta vez?

R: Não, não. Depois, provavelmente no terceiro ou quarto dia, José veio até à minha casa e para levar algumas malaguetas, pimentos e tomates, porque eu tinha uma pequena horta e ele não, e enchemos uns sacos com vegetais e fomos até à casa dele. Entrámos pelas traseiras. Assim que entrámos, estava um veículo militar na parte da frente e um soldado a falar com o pai dele pela janela da porta da entrada, por isso demos a volta e entrámos pela cozinha para ir ter com eles. Faustino disse, “Venham cá rapazes.” e juntámo-nos a ele e falava com o Sargento Avila, e ele convidou-o a entrar. Sargento Avila disse “Sou do Exército dos EUA e o que preciso é a vossa permissão para retirar o vosso gradeamento e colocar outro nosso porque um dos nossos “balões meteorológicos experimentais” caiu inadvertidamente na vossa propriedade”.

P: Ele chamou-lhe balão meteorológico? Essas palavras mesmo?

R: Um balão meteorológico experimental, eles tinham de o recuperar e tinham de ter permissão para o fazer. Então o pai dele disse “Por que é que vocês não atravessam as grades de rebanho [grades horizontais colocadas no chão, próprias para impedir a travessia de rebanhos em certas zonas] como toda a gente faz em vez de as estragarem?” E ele respondeu “Porque o equipamento que vamos trazer é mais largo que o vosso gradeamento e não passará facilmente”. Ele disse “Entretanto, vocês têm uma entrada fechada à chave e precisaremos de uma chave para irmos lá e podermos tirar o gradeamento”. Ele falou “Nós colocaremos uma boa entrada para vocês. Depois precisaremos de trazer algum equipamento de construção de estradas, algumas coisas para pavimentarmos uma estrada para levar até lá um camião que levará de volta o balão meteorológico. Então finalmente o pai do José disse “Ok”, e eles falaram os dois praticamente em Espanhol. Ele disse “Ok, avancem com isso”. E ele respondeu “Deitem um olho no local e garantam que ninguém vai lá porque, sabem, isto é mesmo importante, não queremos que ninguém saiba disto. Não queremos causar problemas a ninguém, por isso estejam atentos para que ninguém, que não tenha nada a ver com isto, vá até lá.”. E Faustino disse “Ok” e o Sargento Avila deixou-nos e foi quando começou oficialmente o processo de preparar a área para levar de volta o objecto. A recuperação não foi como se lê nos livros de óvnis, com pessoal em uniformes roxos, descendo de helicópteros, com tudo esterilizado. Nada disso.

P: Então eles não usavam roupa de protecção?

R: Sim, usavam uniformes. Montaram uma tenda, ligaram um rádio, com música western…Nós viamo-los sempre que podíamos, às vezes de manhã e outras ao anoitecer.
O nosso trabalho era observar a rede e deitar um olho nos animais, incluindo os cavalos.
Podíamos ouvir o rádio com música. Havia um tipo na tenda e dois ou três a trabalhar, recolhendo destroços. Tinham com eles um atrelado de tractor, material de soldar e construíram uns carris para colocar o aparelho e o poderem retirar. Depois reparámos que tinham de fazer isso porque havia uma inclinação de quarenta cinco graus para o conseguirem retirar.

P: Eles ataram ou colocaram uma cobertura sobre aquilo?

R: Sim, puseram uma cobertura.

P: E ataram-no… E vocês viram-nos a pegar nos destroços no local do acidente?

R: Sim.

P: Eles abandonaram a nave. Explique-me como conseguiu aquele metal.

R: No final do dia, quando trouxeram uma pequena grua, imagino que uma grua de 4,5 a 6 metros, eles colocaram a nave no atrelado.

P: Eles viram-no?

R: Não sei se viram ou se se importaram…Bem, sabe, eles não andavam atrás de nós propriamente, e havia vegetação nas encostas das colinas e nós não éramos muito altos, por isso era fácil de esconder.

P: Mas vocês não foram lá e não falaram com alguém.

R:…Anos depois, um dos soldados casou com uma prima do José.

P: Acabou de dizer que um deles casou com uma prima do José e a questão óbvia para toda a gente é se esse soldado alguma vez falou do incidente?

R: Não acredito que ele soubesse. Ele apenas fazia o seu trabalho, recolhendo os destroços, procurando completar o seu trabalho e voltar para casa. A guerra tinha terminado e muitos dos soldados tinham sido enviados para perto da base que fica perto de Trinity, nos últimos 90 dias…
José disse “Vamos esperar um pouco e quando eles se forem, vamos nós”. Esperamos um bocado até todos partirem. Foram numas pickups militares e partiram. Nós sabíamos onde iam e que estariam fora por um bom bocado. Fomos até lá e lá estava o aparelho, com a cobertura, para que ninguém soubesse sequer que existia um aparelho. Tentámos penetrar pela rede, indo pelas traseiras de um camião. para o qual trepámos. Estávamos a cerca de 1 metro ou pouco mais. Aquilo tinha de 7,5m a 10m por uns 4,5 de altura. E então olhámos para a parte inferior do aparelho, porque não tínhamos visto esta parte antes e estava parcialmente no solo. Mas agora podíamos ver tudo. Meu, aquilo era um monstro, era enorme. Agora podíamos ver a parte debaixo. E o fundo tinha como que três pequenas bossas, pequenas lombas debaixo daquilo, em cada lado

P: Bom, talvez fossem para aterrar, talvez alguns pés saíssem de lá.

R: Poderia ser. Então o José destapou parcialmente a cobertura, expondo parte da lateral da nave, enquanto eu segurava na cobertura para manter aquilo aberto. José trepa para a abertura…Eu estava parcialmente dentro, segurando na cobertura e a deixar a luz entrar. De início parecia não haver nada.

P: Mas vocês podiam ver a forma daquilo? Tipo, se havia divisórias? Era suave a toda a volta. Havia painéis? E se havia, diga-me como era.

R: José disse que havia bossas de tanto em tantos metros.

P: Ele viu painéis, como painéis de controlo?

R: Não. Ele não viu propriamente um painel grande, mas seria talvez com uns 75 cm de lado.

P: Estava afixado a alguma parede esse painel?

R: A uma antepara ou parede traseira talvez. Seria pelo menos a parte traseira em relação a nós. Ele tentou arrancar o painel mas não conseguiu e então foi buscar uma alavanca na frente do atrelado. Era uma espécie de pé-de-cabra, usada na indústria de camionagem. É usada para medir a tensão nas correntes que seguravam o atrelado.

P: Falou de uns pinos, com eram eles?

R: Sim falei, eram só de um sentido. Ou seja, empurravam-se uma vez e não voltavam a sair. Eram serrilhados e estavam enfiados em orifícios eram eles que seguravam uma peça de suporte que estava localizada na antepara (parede traseira). Os pinos eram amarelos.

P: Eram amarelos os pinos? Era essa a minha próxima pergunta. Que tipo de cor tinham? De que tipo de cores falamos nós?

R: Amarelo. Os pinos eram amarelos. Tinham uns tons prateados, que compararia a cabelo de anjo. Não havia bancos nem nada. Deviam ter tirado tudo, ou talvez não houvesse nada realmente. Não vi nenhuns instrumentos, como manômetros, relógio, volantes, pedais, nada disso.